O século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando e as empresas também, as condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam se consolidando.
Nos EUA, por volta de 1820, o maior negócio empresarial foram as estradas de ferro, empreendimentos privados que construíram um poderoso núcleo de investimentos de toda uma classe de investidores. Foi a partir das ferrovias que as ações de investimento e o desbravamento no território provocam o fenômeno da urbanização que criou novas necessidades de habitação, alimentação, vestuário, luz e aquecimento, o que se traduziu em rápido crescimento das empresas voltadas para o consumo direto.
Em 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial, os criadores de impérios ( Empire Buildes) passaram a comprar e a integrar concorrentes, fornecedores ou distribuidores para garantir seus interesses. Com as empresas e as instalações vinham também os antigos donos e os respectivos empregados. Surgiram os primitivos impérios industriais aglomerados de empresas que se tornaram grandes para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Logo aparcem os gerentes profissionais, os primeiros organizadores que se preocupava mais com a fábrica do que com as vendas ou compras. As empresas de manufaturavam comprando matérias-primas e vendendo produtos por meio de agentes comissionados, atacadista ou intermediário até está época, os empresários achavam melhor ampliar sua produção do que organizar uma rede de distribuição de venda.
Na década de 1880, a Westinghouse e a General Eletric dominavam o ramo de bens duráveis e criaram organizações próprias de venda com vendedores treinados, dando início ao que hoje denomina-se (marketing), ambas assumiram a organização do tipo funcional que seria adotada pela maioria das empresas americanas.
- Departamento de produção para cuidar da manufatura de fábrica isoladas.
- Departamento de vendas para administrar um sistema Nacional de escritório distritais com vendedores.
- Departamento técnico de engenharia para desenvolver produtos.
- Departamento financeiro.
Por volta de 1889, o capital da Westinghouse e da General Eletric já ultrapassava a marca de 40 milhões de dólares em casa uma delas para dominar novos mercados. As empresas acumulavam instalações e pessoal além do necessário. Os custos das várias unidades precisavam ser reduzidos por meio da criação de uma estrutura funcional que coordenasse a fabricação, engenharia, vendas e finanças para reduzir os riscos de flutuação do mercado. Os lucros iriam depender da organização e da racionalização dessa estrutura funcional.
Em 1880 é 1890, as indústrias passam a controlar as matérias-primas por meio de seus departamentos de compras, adquirindo firmas fornecedoras e controlando a distribuição para vender seus produtos diretamente ao varejista ou ao consumidor final procura-se maior eficiência em produção, compras, distribuição e vendas, os meios reduzir custos, o mercado foi se tornando saturado e as empresas a procurar novos mercados por meio da diversificação de produtos. As velha estrutura funcional começou a emperrar e assim surgiu a empresa integrada e multidepartamental.
A etapa seguinte foi o controle do mercado de distribuição eliminando os intermediário para vender mais barato ao consumidor final e deixando de depender dos atacadistas. Entre 1890 e 1900, ocorreu uma onda de fusões de empresas - a mais famosa foi a criação da Ustel Corporation, um negócio de bilhões de dólares - como meio de utilização racional das fábricas e de redução de preço.
Na virada do século XX, grandes corporações sucumbiram financeiramente, pois dirigir grandes empresas não era apenas uma questão de habilidade pessoal, como muitos empreendedores pensavam, estavam criadas as condições para o aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna. Os capitãs da indústria - pioneiros e empreendedores - cederam seu lugar para os organizadores e chegava a era da competição como decorrência dos seguintes fatores.
- Desenvolvimento tecnológico, que proporcionou um crescimento numérico de empresas e nações decorrendo nos mercados mundial.
- Livre comércio.
- Mudança de mercados vendedores para mercados compradores.
- Aumento da capacidade de investimento de capital e elevação dos níveis de ponto de equilíbrio.
- Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que rapidamente se torna obsoleto um produto ou reduz drasticamente seus custos de produção.
- Crescimento do negócios e das empresas.
Todos esses fatores completaria as condições propícias para a busca de bases científicas para a melhora da prática empresarial e para o surgimento da teoria administrativa. A revolução industrial abril as portas para o início da era das indústrias que passou a dominar o mundo econômico até o final do século XX, e foi o divisor de águas entre países mais desenvolvidos e os subdesenvolvidos.
Fonte : Teoria Geral da Administração
Editora Manole Ltda, 2014
Autor : Adalberto Chiavenato
Fonte : Teoria Geral da Administração
Editora Manole Ltda, 2014
Autor : Adalberto Chiavenato
Nenhum comentário:
Postar um comentário